Bolsonaro: um caso de amor e ódio

Bolsonaro venceu as eleições do Brasil por 55,1% dos votos. O país vira à direita com Bolsonaro.

E as reacções dividem-se entre o ódio e o amor. Entre a alegada democracia e a alegada vaga fascizante. Bolsonaro não é um homem de meios-termos, como refletem os comentários nas redes sociais.

Amor a Bolsonaro

Em Portugal, onde o candidato de extrema-direita obteve uma vitória expressiva nas 27 assembleias de voto, em Lisboa, sobressaem vozes de apoio a Jair Bolsonaro. A atriz portuguesa Maria Vieira, que acaba de chegar do Brasil onde esteve a gravar para a série “Despejados”, partilhou há horas o seguinte comentário sobre o Presidente Bolsonaro.

“Jair Bolsonaro é de facto um herói, um homem exemplar, honesto…”
Maria Vieira

 

Bolsonaro: um caso de amor e ódio Maria-Vieira

Maria Vieira, sobre Bolsonaro. Um post que deu origem a comentários como: “Portugal precisa urgentemente de um Bolsonaro”

 

Katia Aveiro, a irmã de Cristiano Ronaldo e atualmente a viver no Brasil, também manifestou estar satisfeita com os resultados eleitorais do Brasil.

Bolsonaro: um caso de amor e ódio Katia-Aveiro

Katia Aveiro, sobre Bolsonaro

 

Contra Bolsonaro

Nas redes sociais, há quem veja tudo em Bolsonaro, menos a luz ao fundo do túnel. Bolsonaro é o homem das frases polémicas, como mostra este vídeo do The Guardain. E nem todos conseguem “apagá-las” do registo político:

Em entrevista à revista Playboy, Bolsonaro afirmou que seria incapaz de amar um filho homossexual:

“Para mim é a morte. Digo mais: prefiro que morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim, ele vai ter morrido mesmo” (2011)

Sobre a imigração:

“A escória do mundo está chegando ao Brasil como se nós não tivéssemos problema demais para resolver” (2015)

Sobre mulheres. A frase destinou-se a Maria do Rosário, uma deputada da oposição, e foi explicada por Bolsonaro, justificando que a colega não merece ser estuprada porque é muito feia.

“Eu jamais ia estuprar você porque você não merece” (2003 e 2014)

Sobre a liberdade de imprensa:

“Por si só, esse jornal se acabou”

As afirmações de Bolsonaro sobre o Jornal A Folha levaram o jornalista do Jornal Nacional, William Bonner, a perguntar ontem ao Presidente: “o senhor sempre se declara um defensor da liberdade de imprensa, mas, em determinado momento, chegou a desejar que um jornal deixasse de existir. Como presidente eleito, o senhor vai continuar defendendo a liberdade de imprensa e a liberdade de o cidadão escolher o que ele quiser ler, o que ele quiser ver e ouvir?”

Sou totalmente a favor da liberdade de imprensa. A questão da propaganda oficial do governo é que é outra coisa, respondeu Bolsonaro.

 

Entre as personalidades que condenam a xenofobia, a discriminação e o racismo veiculados pelas declarações de Bolsonaro, está Madonna. Madonna aderiu ao movimento #NotHim (Ele Não) contra a candidatura de Jair Bolsonaro à presidência brasileira, como mostra  a imagem criada por um fã com a hashtag #EleNão e #endfascism (acabem com o fascismo) no seu Instagram.

Bolsonaro: um caso de amor e ódio image

Madonna, contra Balsonaro

 

 

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