“Só suspirei de alívio quando o bebé soltou o primeiro choro”, António João, bombeiro parteiro, Madeira

O bombeiro parteiro. Faz hoje 15 dias. Aconteceu na Madeira. E a bebé está bem!

O António estava prestes a chegar ao quartel de bombeiros de Santa Cruz quando recebeu uma chamada. Tinha um serviço urgente à espera. Uma mulher grávida queixava-se com contrações. Apenas houve tempo para vestir o colete e entrar na ambulância.

Dos dois bombeiros em serviço, apenas António entrou em casa da parturiente. O colega não teve outro remédio que aguardar na ambulância: “a casa desta família fica localizada num grande declive e um carro não aguenta esta inclinação. O meu colega teve que ficar a ‘travar’ a viatura”. A Madeira tem destas coisas, comenta-nos.

Adiante. Manda o protocolo que sejam colocadas questões pré-definidas ao paciente, conforme cada caso de saúde. Mas António, que já suspeitava da evolução do parto, teve a certeza quando, após um breve questionário, se deparou com a cabecinha do bebé a espreitar.

A equipa do EMIR, composta por um médico e duas enfermeiras, estava a caminho. Mas não havia tempo para esperar. Águas rebentadas, contrações de um minuto e um bebé a caminho.

“Vou fazer o parto”, disse António.

António conta-nos que tem formação nesta área. Mas uma coisa é teoria, outra é prática. Valeu-lhe a calma de sempre naquele que foi o seu primeiro parto.

“Com o bebé quase a sair, pedi à mãe que não fizesse força. Este é um dos momentos críticos – precisava de ter a certeza de que o cordão umbilical não estava enrolado no pescoço. Assim que verifiquei que estava tudo bem, ‘aproveitei’ uma contração da mãe e… nasceu o bebé”, recorda.

“O seguinte momento é fundamental: a limpeza do bebé. É necessário efetuar manobras de limpeza, de forma a ‘desentupir’ as vias aéreas do bebé”, conta, com detalhe.

“E a seguir… o bebé soltou o seu primeiro choro. E só aí suspirei de alívio”, conta António, o bombeiro parteiro que tinha um bebé saudável nas mãos quando a equipa do EMIR chegou para fazer o parto. Já não era preciso.

O feito foi notícia no Jornal da Madeira. Foi notícia em todo o arquipélago. Há sempre uma primeira vez! Há sempre um super herói por aí!

 

"Só suspirei de alívio quando o bebé soltou o primeiro choro", António João, bombeiro parteiro, Madeira António-João-Bombeiro-site

António João, o bombeiro parteiro que fez o parto sozinho, do princípio ao fim

 

 

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