“Só quem tem uma criança com problemas é que conhece a tristeza de chegar a um parque infantil e o seu filho não poder brincar”, Sílvia, mãe de Guilherme, 11 anos, com paralisia cerebral
Guilherme tem 11 anos e é totalmente dependente fisicamente. Mas na escola, acompanha o ritmo dos seus pares: frequenta o 5.º ano do ensino regular, com acompanhamento especial e com um computador, que é a sua “voz”.
Foi através do computador que partilhou recentemente o seu momento de felicidade: “é o dia mais feliz da minha vida”, expressou Guilherme, perante o balouço adaptado que encontrou no Parque da cidade do Barreiro.
Para a mãe Sílvia, este balouço é uma vitória: Sílvia conta que procurou sensibilizar a autarquia para este investimento, em nome do seu filho mas também de muitas outras crianças como aquelas que integram a Associação na qual trabalha, a Associação Nós – Associação de Pais e Técnicos para a Integração do Deficiente.
Para o Guilherme, o balouço é “só” uma grande felicidade.
“Nesse dia, o dia desta foto, o Guilherme ficou tão feliz que não queria sair do baloiço. O irmão (com 7 anos) empurrava-o, também contente. Finalmente podem brincar juntos neste parque perto de casa”, conta Sílvia.
“Espero que seja o primeiro de muitos equipamentos adaptados”, acrescenta. Sílvia promete dar uma ajuda nesse sentido e está já a reunir informação para enviar para outras autarquias, no sentido de mostrar este bom exemplo da Câmara do Barreiro.
Frederico Rosa é o presidente da autarquia e em declarações a Júlia, de bem com a vida também deseja que “este seja apenas o primeiro balouço, mas muito há ainda a fazer, incluindo ter uma ação pedagógica sobre a comunidade para que saibam que este brinquedo é para as crianças que não conseguem andar nos outros”.
O presidente fala dos esforços em ter um “Barreiro mais inclusivo”, que passa por outras intervenções como o “rebaixamento de passeios junto a passadeiras e colocação de informação/guias para invisuais e colocação de equipamentos para acessibilidade em edifícios municipais, assim como na frota de autocarros municipais (60) que estamos a adquirir – todos tem acesso rebaixado”.
“E, na linha do que queremos fazer na cidade, criamos este projeto de colocar um balouço adaptado exatamente para que todas as crianças pudessem ter a felicidade de andar”, esclarece o Presidente.
Felicidade é a expressão que está estampada no rosto do Guilherme. Uma das muitas crianças com deficiência que a partir de agora também podem brincar no Parque da Cidade do Barreiro.
