As minhas filhas fazem hoje 26 anos.
E o Rui Maria escreveu sobre elas no instagram. Um texto simplesmente delicioso.
Se um bebé cá chegar é coisa próxima de um milagre… O que dizer de dois? Não me lembro do dia 17 de Julho de 93 ou do momento avassalador em que entraram lá em casa, mas reparei que nunca mais saíram e que durante um ano falaram um idioma perdido que só as duas reconheciam. Que pesadilla. Não imaginam! Ser irmão de gémeas é apanhar para sempre uma conversa a meio, sabem? É descobrir que 1+1 não são 2. São 1 e 1. Diferentes de forma drástica, mas iguais naquilo que interessa. Ser irmão de gémeas é ver triunfos a dobrar sob tormentas improváveis e derrotas coléricas no campeonato do desaparecimento dos carregadores de telefone. É inspirador de ver, juro. A Matilde e a Carolina são gémeas, sim, e fazem hoje 26 anos, mas são muito mais do que isso: são sobreviventes feitas de aço e mel num mundo que morde mais do que mima. O que é razão suficiente para serem aplaudidas até Dezembro. Comecem já. Sou um mano orgulhão e – que dureza! -, ainda por licenciar! Até aí já me ganharam. A Carolina acabou há semanas. A Matilde já deve estar a inventar uma terceira licenciatura (!) em Inteligência Artificial ou Química Aplicada à Time Out e os 10 sunsets que não pode perder em Cacilhas e Oviedo. Eu sei lá. Não sei o que vem por aí, mas garanto que será para sempre juntos também com a primeira e mais generosa dos quatro, a nossa irmã mais velha, a Sofia. ❤
Por Rui Maria Pêgo