A bicicleta foi considerada uma boa amiga em tempos de pandemia e a sua utilização continua a ser recomendada no desconfinamento. A Organização Mundial da Saúde aconselhou este meio de transporte a quem, durante a fase de isolamento, precisou de sair e deslocar-se ao emprego, como forma de limitar o contacto físico e evitar a propagação da doença.
Em Itália, nomeadamente em Milão, uma das cidades mais afetadas pelo coronavírus, foi introduzido um programa ambicioso de ciclovias.
No Reino Unido, foi anunciado um grande investimento para colocar o ciclismo e a caminhada “no centro” do plano dos transportes pós COVID-19.
França pediu à população que, após o 11 de Maio, dia que marcou o fim do confinamento no país, fosse usada a bicicleta em substituição do carro.
Por cá, em declarações ao Expresso, Rosa Félix, investigadora em mobilidade ciclável, associa a recomendação da OMS (uso da bicicleta na fase de confinamento) a uma oportunidade: “se a utilização da bicicleta for incentivada no pós-desconfinamento, essas pessoas poderão passar a ser ciclistas habituais. Para isso é preciso tomar medidas de incentivo já, antes que voltem para os seus modos de transporte anteriores, quando voltar a normalidade.”
Hoje é Dia Mundial da Bicicleta. Um dia instituído pela ONU como reconhecimento deste meio de transporte acessível, sustentável, que promove a preservação ambiental. E a saúde.
