Sempre no ativo durante a quarentena, apresentadora voltou a fazer rádio, sem nunca perder a liderança das tardes televisivas.
Júlia Pinheiro nunca deixou de entrar em casa dos portugueses com o programa que diariamente conduz nas tardes da SIC, mesmo quando o país esteve em confinamento. O programa “Júlia” obrigou a “algumas deslocações casa-trabalho durante a pandemia” e, como reconhece a apresentadora, “o trabalho aliviou o peso do distanciamento social”. “Mas nem por isso deixei de o sentir e respeitar. E de procurar contribuir para aliviar esse peso nos outros, proporcionando momentos de entretenimento, conversa e companhia”, afirma, em conversa com o JN.
Durante a covid-19, Júlia lançou “A hora da Júlia” na Renascença. Um regresso “à casa onde me apaixonei pela rádio e pelo meu marido”, confessa. O regresso à RR, onde trabalhou até 1992, teve sabor especial, embora “diferente, porque as circunstâncias são diferentes”, frisa. “Trinta anos depois, fico feliz por saber que a rádio continua viva e de boa saúde”.
Líder de audiências
Na SIC, a comunicadora sente-se “em casa” e, por isso, não se imagina de novo na TVI, onde esteve entre 2003 e 2010. Por isso, nega alguma vez ter sido hipótese para conduzir a atual edição do “Big brother”. Enquanto anfitriã do programa que é líder de audiências nas tardes televisivas, Júlia Pinheiro assume que “manter a qualidade é um desafio diário”.
Mulher com uma inegável energia, em dezembro, Júlia Pinheiro teve de abandonar o espetáculo “Monólogos da vagina”, que marcou a sua estreia no teatro, após sofrer “uma subida vertiginosa da pressão arterial” e por ser complicado conciliar o palco com o programa diário. Deixou o teatro, mas a verdade é que não parou. E a justificação é simples: “O trabalho, além de prazer, é também uma responsabilidade para com a nossa equipa e, no meu caso, para com o público. Não tenho parado por essa razão. E também porque, sim, sinto-me bem”.
Família porto de abrigo
Aos 57 anos, a apresentadora sente-se “completa, de bem com a vida, realizada” a fazer o que gosta. Com a reforma ainda longe, Júlia Pinheiro começou a escrever dois novos livros, revelando que uma das histórias “já está no papel, a ganhar forma e enredo”.
Profissional bem sucedida, é na família que Júlia encontra “o porto seguro”. Casada há 34 anos com Rui Pêgo, diretor de programas da RDP, tem três filhos, as gémeas Matilde e Carolina, e Rui Maria Pêgo. O rapaz herdou a veia comunicativa dos pais, dando cartas também na rádio e na televisão. Por isso, é com bons olhos que a mãe se vê a apresentar um programa a dois. Até porque ele “tem um sentido de humor muito aguçado” e “é uma das pessoas que mais” lhe conseguem “roubar” gargalhadas.
No pico da pandemia, estar longe da mãe foi o que mais custou a Júlia Pinheiro. Mas as visitas aos idosos em residenciais seniores foi autorizada a 18 de maio e, “com marcação antecipada”, tem garantido reencontro “todas as semanas”.
Fonte JN
https://www.jn.pt/pessoas/julia-pinheiro-o-trabalho-aliviou-o-peso-do-distanciamento-social–12306580.html