A portuguesa Maria do Rosário vive em Leverkusen, uma cidade na Alemanha, país que acaba de ultrapassar os 2 milhões de casos de Covid-19 e que registou ontem, sexta-feira, o seu pior quarto dia em termos de mortes diárias.
Na Alemanha, os especialistas dizem que é preciso reduzir a transmissão de modo drástico e rápido. Os cafés, restaurantes, ginásios e escolas estão fechados, e o teletrabalho é obrigatório, mas a vida ainda está “muito normal” no país, disse o chefe do Instituto Robert Koch (RKI), Lothar Wieler, referindo-se à circulação de pessoas nas ruas, superior à do primeiro confinamento.
A redução ou mesmo supressão de transportes, bem como o fecho de empresas, são por isso medidas que estão em cima da mesa.
Maria do Rosário é assistente técnica farmacêutica e o marido é funcionário de um banco: “estamos a trabalhar, e os nossos quatro filhos encontram-se em casa, com ensino à distância. Mas nem sempre tudo corre bem. Cada professor usa uma plataforma diferente, uns aplicam o zoom, outros o teams, outros comunicam por email. Além disso, os meus filhos estão em quatro escolas diferentes, o que exige uma maior articulação”.
Até agora, nenhum elemento da família foi infetado com Covid-19 e são poucos os casos de infeção nas escolas frequentadas pelos filhos. “Eu defendo o ensino presencial ou misto, com regras de prevenção – é muito importante para as crianças. Julgo que, adotando medidas higiénicas, as crianças poderiam ter um pouco de normalidade”, refere.
Na Alemanha, o país mais populoso da União Europeia, apenas as crianças de primeiro ciclo têm ensino presencial que é alternado com ensino à distância, conta-nos a portuguesa Maria do Rosário, na Alemanha.