Marta Roquette, no Hospital São Francisco Xavier

“Há um cenário de catástrofe lá fora a acontecer. O que é que eu posso fazer para ajudar?”, Marta, 19 anos

A Marta (na fotografia), 19 anos, estuda sociologia e frequenta o primeiro ano da Universidade. Quando as escolas encerraram, há cerca de duas semanas, a Marta fechou-se em casa com a intenção de se aplicar, durante o confinamento, para os exames. Acontece que a concentração acabou por ser desviada para os testemunhos de médicos e enfermeiros que lhe chegavam via redes sociais e whatsapp. “Foi assim que fui invadida por um sentimento enorme de inutilidade. Há um cenário de catástrofe lá fora a acontecer. O que é que eu posso fazer para ajudar?”, questionou-se. Começou por trocar umas ideias com duas amigas, a Leonor T e a Leonor PF. Contactar por telefone os centros hospitalares parecia uma medida rápida e simples, mas seria eficaz? Alguém iria atender a oferta de apoio de três jovens? “Afinal foi tão simples. Falámos com responsáveis dos centros hospitalares de Lisboa e perguntámos o que precisavam. As necessidades mais urgentes é: snacks individuais (barras energéticas, fruta, chocolates, bolachas…) e produtos de higiene (gel de banho, creme hidratante para as mãos secas, papel higiénico). Contactámos ainda uma associação, que presta apoio, com refeições, a famílias afetadas pela pandemia”. E depois, meteram mãos à obra, partilhando e reencaminhando mensagens a amigos e amigos de amigos. Resultado: na segunda vez que se deslocaram ao Hospital de São Francisco de Xavier, já levavam quatro carros atulhados de produtos. “Fomos muito bem recebidas”, recorda. “Com esta iniciativa, percebemos que há muita gente disponível para ajudar e há muita gente a precisar de ajuda. Só faltava alguém que fizesse a ponte”, refere Marta.

Marta e as amigas, que agora formam um grupo bem maior, só saem de casa para esta missão a que chamaram de @ajudar_em_casa. O resto de tempo é passado em confinamento e a respeitar as normas de segurança. “No início fiquei muito assustada. Agora procuro manter uma atitude positiva e pensar que, se todos fizerem a sua parte, isto há de passar mais depressa”.

 

A mensagem de Marta!

Devido a este ano difícil que passou, nunca foi tão importante ajudar quem mais precisa. Por esta razão, eu e duas amigas minhas estamos a recolher algumas coisas que estão a faltar aos mais afetados com a pandemia.

🏥 Profissionais de saúde
Como sabem, com esta nova vaga os profissionais de saúde estão mais sobrecarregados do que nunca – a trabalhar muitas horas e com poucos recursos. Vamos distribuir alguns bens em falta por vários hospitais (aprox. 900 profissionais de saúde envolvidos). Precisam de:
– Snacks individuais (barras energéticas, fruta, chocolates, bolachas…)
– Produtos de higiene (champô, amaciador, gel de banho, pensos higiénicos, creme hidratante para as mãos secas, papel higiénico, pasta de dentes)

👨‍👩‍👧‍👦 Famílias carenciadas
Falámos também com uma instituição que está a ajudar famílias carenciadas e neste momento o que mais precisam são:
– Refeições prontas

Se quiserem fazer doação destes bens entrem em contacto connosco – nós vamos buscar e entregar diretamente aos hospitais e às famílias/instituições.

Se por alguma razão não conseguirem doar uma das coisas enumeradas, também aceitamos dinheiro e vamos nós comprar.

Toda a ajuda é bem vinda, até partilhar esta mensagem!

Obrigada e esperamos que estejam todos (em casa) bem!

 

 

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