Esta crónica é de Magda Fernandes, Mulher, Mãe, Advogada especializada em Direito da Família e Menores.
Hoje os miúdos regressaram às aulas. Devia ser com alegria e saudades. Não foi. Para mim, pelo menos, de coração apertado, com um sentimento de fragilidade, de reversibilidade, de volta atrás, de desconhecido, de angustia. Sou só eu? Sou só eu que balanço entre o regresso à normalidade e a suspensão de vida em prol da saúde de todos? Estamos no limite da nossa sanidade mental, desarticulados com mensagens contraditórias de esperança e cuidado. E eles, os nossos miúdos, sem memória do que é brincar sem preocupações, sem limpar as mãos, sem máscaras e apenas com o suor da corrida. Que ano este, e que enorme ponto de interrogação futuro, e que respirar fundo e lição de paciência coletiva. Não sei se vai ficar tudo bem. Só sei que não atiro foguetes.
