Júlia Pinheiro

Vacinada. Porque em tempos de pandemia é na ciência que podemos/devemos acreditar.

Vacinada. Vai fazer duas semanas. À semelhança do que aconteceu na primeira dose, praticamente não tive qualquer reação. Na segunda dose (Pfizer), senti uma ligeira indisposição. Mas insignificante perante o orgulho e a sorte que sinto em pertencer a uma sociedade que, em tempo record, desenvolveu uma vacina, enfrentando assim o maior desafio de saúde pública dos últimos cem anos.

Estou grata. E desiludida com quem continua a resistir à vacinação. Quem resiste mais à vacina da covid-19? “Desempregados, doentes crónicos, pessoas com menos escolaridade e dependentes das redes sociais”, diz-nos um inquérito europeu (realizado pela Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e do Trabalho – Eurofound).

Há um problema de comunicação – como tive oportunidade de transmitir à Senhora Ministra da Saúde, Marta Temido, no dia em que a recebi no programa Júlia. Por alguma razão, a mensagem não está a chegar. Por alguma razão, para algumas pessoas, as probabilidades de estatisticamente  ‘zero’ de complicações estão a abafar os números que morrem por covid-19.

Em tempos de pandemia, é na ciência que devemos acreditar. É na equipa de cientistas e profissionais de saúde que estão a dar o seu melhor, na linha da frente do combate. Em tempos de pandemia, não há lugar nem tempo para burrices. O “não à vacina” não é uma atitude individual, pessoal, inconsequente. Em tempos de pandemia, o “não à vacina” prejudica todos.

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