Mulheres vítimas no Afeganistão

#recebomulheresecriancasrefugiadas, por Magda Fernandes

Najia (a CNN ocultou o verdadeiro nome por proteção) estava em casa com os seus quatro filhos, no Afeganistão,
quando membros dos talibãs bateram à porta.
A filha de 25 anos sabia que viriam. A mãe tinha pedido que preparasse comida para cerca de 15 militantes.
“’Eu sou pobre, como posso cozinhar para vocês?’, disse-lhes a minha mãe”. Um talibã começou a espancá-la, ela desmaiou e eles atingiram-na com as suas armas.”
A mãe morreu. Um caso entre outros de terror, desde que os talibãs assumiram o poder no Afeganistão.
As mulheres (e crianças) precisam de ser protegidas no Afeganistão. O mundo não pode desviar o olhar enquanto os Talibãs violentam e escravizam sexualmente mulheres e meninas.
Na crónica de hoje, a advogada Magda Fernandes lança o movimento:
“Acho que é tempo de o movimento ser civil. Estou disponível para receber em minha casa mulheres e crianças refugiadas.”
#recebomulheresecriancasrefugiadas

Crónica de Magda Fernandes, Mulher, Mãe, Advogada especializada em Direito da Família e Menores. Cronista, Pelas mulheres e crianças no Afeganistão. 

Estava aqui a pensar nos meus estudos, nos passeios na praia de biquíni, nas idas ao supermercado de chinelos, nos mais básicos movimentos mulheris, nos copos de vinho e nas jantaradas.

No Afeganistão, o que para mim representa o mais básico exercício de uma liberdade que não cabe a homem algum retirar, foi retirado e ninguém parece importar-se muito na comunidade internacional.

Acho que é tempo de o movimento ser civil.

Estou disponível para receber em minha casa mulheres e crianças refugiadas.

Isto dói no coração. Dói, revolta as entranhas, que exista uma comunidade que assim restringe e desrespeita o direito e igualdade entre seres humanos.

Enquanto por cá vivemos na liberdade assumida e conquistada, inacreditável o branqueamento, alheamento e apagamento que vemos das mulheres no Afeganistão.

É tempo de o movimento ser civil. #recebomulheresecriancasrefugiadas

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