Dia do Cão - "O meu cão salvou-me a vida"

“O meu cão salvou-me a vida”, Té Bento Garcia, Beja

Histórias no Dia do Cão

Té Bento Garcia tem 46 anos e é de Beja, onde trabalha como professora de ensino especial. Recentemente, foi submetida a uma cirurgia delicada e conta que apenas sobreviveu graças ao Cacau, um rafeiro atento e protetor que esta professora acolheu em sua casa há cerca de dois anos: “a mãe do Cacau estava abandonada na rua e foi recolhida grávida, por uma associação de animais. Eu fiquei com um filhote da ninhada e dei-lhe o nome de Cacau. Adoro Cacau quente”. E tornou-se inevitável adorar o Cacau.

A operação decorreu dia 23 de Junho e ainda assinala as suas marcas, pela voz rouca e esforçada de Té, ao contar-nos a sua história, em pleno Dia do Cão, quinta-feira passada. “Fui operada a uma quisto localizado nas vias respiratórias. E quando tive alta do internamento, o médico avisou-me de que poderia ocorrer algum risco, recomendando-me a ingestão de gelo, por exemplo. Na consulta de acompanhamento, o pós-operatório parecia decorrer com normalidade, mas nessa madrugada, fui acordada pelo Cacau, que me lambia as mãos com impaciência. Tratava-se de uma fissura na garganta. Estava sozinha, ingeri gelo de forma a estancar o sangramento. Mas desmaiei. E, não sei quanto tempo depois, abri os olhos perante a agitação sonora do Cacau: ele ladrava tão alto e tão ferozmente, puxava-me, agitou-me até eu abrir os olhos e arranjar força, alagada em sangue, para digitar o número de telefone da minha irmã. Hoje, a médica diz-me que ainda não sabe como sobrevivi. Eu só sei que o meu Cacau é um cão muito especial. Tenho a plena consciência de que, se não fosse ele, teria sido impossível sobreviver”.

Té, professora de ensino especial, está grata ao seu melhor amigo, o único companheiro lá de casa, frequentemente visitada por alunos de Té, quando os pais pedem uma ajuda para os seus filhos, os quais acabam por acalmar com o adotado e herói Cacau. Bravo Cacau!

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