Enquanto fã de banda desenhada, não perco exposições como esta. A primeira exposição em Portugal dedicada ao autor de Tintin está na Gulbenkian. E apresenta vários trabalhos do Museu Hergé, na Bélgica. Entre eles, pranchas originais, fotografias, pinturas, cartazes realizados como designer gráfico publicitário. Para quem só conhece Georges Remi (conhecido pelo seu pseudónimo Hergé) das estórias aos quadradinhos As Aventuras de Tintim, esta exposição mostra-nos outras facetas do artista. Na imprensa, na publicidade, nas artes plásticas e até enquanto colecionador de arte contemporânea.
É curioso lembrar que atualmente a banda desenhada é lida em páginas. Mas o seu conceito original “mora” na palavra banda – o próprio Hergé começou por publicar as suas estórias em bandas, curtas, na imprensa. Quando o Tintin começou a conquistar popularidade, Hergé, o pai da banda desenhada europeia, acabou por criar o seu estúdio, à semelhança da tendência nos Estados Unidos, e como forma de dar resposta às encomendas. Ainda assim, conta-se que todas as pranchas dos seus colaboradores eram submetidas à sua apreciação. Hergé era muito exigente com os traços de Tintin, um repórter aparentemente fácil de desenhar, marcado pelo seu nariz saliente e poupa de cabelo.
Sempre gostei do Tintin. E, como é habitual, sempre soube mais da personagem do que do seu autor.
A exposição decorre até dia 10 janeiro.
seg, qua, qui, dom sex, sáb Encerra à Terça-feira
Foto da maqueta do ‘Observatório Astronómico’ realizada por Alan Leonis para “A Estrela Misteriosa”, álbum publicado em 1942, em plena II Guerra Mundial.
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