Afegãs gritam “basta”

Ao longo dos anos foi perpetuada a ideia de mulheres afegãs oprimidas, tapadas pela burca, vítimas de uma sociedade patriarquista, sexista e em guerra. E por muito que esta ideia corresponda à verdade, essas mesmas mulheres estão fartas de serem vitimizadas e gritam ‘basta’. A partir de agora, querem apenas serem chamadas de “guerreiras”.

12 Mulheres, entre os 18 e os 31 anos, corajosas e escolhidas a dedo, dão a cara pelo programa Sahar Shouts. O objetivo é contrariar a imprensa internacional presente afegã  que perpetua o mesmo cenário sexista que se sente no país. Até à data, e apesar das inúmeras candidaturas, a imprensa estrangeira no Afeganistão não empregava uma única mulher afegã.

É aí que entra a jornalista Amie Ferris-Rotman, a responsável pelo projeto que visa treinar, orientar e criar oportunidades de publicação para jovens jornalistas afegãs. Durante uma semana Amie ensinou técnicas de multimédia a mães”, “basquetebolistas”, “poetisas” ou “estudantes de jornalismo” e criou o primeiro grupo de correspondentes afegãs com voz no mercado global. Os serviços noticiosos serão publicados no The Huffington Post.

Estas mulheres são a cara da mudança. Mulheres desejosas de mudança, mulheres que querem deixar a sua marca no mundo, mulheres que admiram ícones feministas como Simone de Beauvoir ou Simin Behbahani. Mulheres que são como nós: que tiram selfies, riem, dançam, fazem piadas e trocam dicas de maquilhagem.

 

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