“Oito anos depois daquilo que era suposto ser uma crise financeira temporária, a fraqueza económica continua sem um fim à vista”

A economia europeia “está diabética”. Quem o diz é Paul Krugman, Nobel da Economia em 2008. De passagem por Lisboa para participar numa conferência, concluiu que “visitar a Europa faz um americano sentir-se bem em relação ao próprio país”.

Oito anos depois daquilo que era suposto ser uma crise financeira temporária, a fraqueza económica continua sem um fim à vista. E isso é algo que deveria preocupar toda a gente, na Europa e noutros locais”, afirma.

No artigo de opinião ‘The Diabetic Economy’, escrito para o The New York Times, Krugman usa especificamente o exemplo de Portugal para criticar a reação dos políticos à “doença crónica” que assombra a recuperação económica europeia.

As coisas estão terríveis aqui em Portugal, mas não tão terríveis como estavam há um par de anos. E a mesma coisa pode ser dita em relação à economia europeia como um todo”.

Como solução apresenta necessidade de aumentar a despesa pública, para possibilitar o crescimento das economias mais periféricas como, por exemplo, as de Espanha ou Portugal.

Mas fazer a coisa certa parece estar politicamente fora de questão”, lamenta.