Alguma vez de perguntou como começaram os Jogos Paralímpicos?
Há menos de um século atrás, uma lesão na espinal medula era uma sentença de morte. Não havendo tratamentos, os doentes com este tipo de lesões eram deixados à parte da sociedade, numa cama, à espera que a morte chegasse para os levar.
Em 1944, a mudança deste paradigma chegou. Ludwig Guttman, um médico alemão mas estabelecido em Inglaterra, começou a dirigir o Centro Nacional de Traumatismos na cidade de Stoke Mandeville, com a missão de reabilitar soldados da Segunda Guerra Mundial. Até então, doentes com deficiências não alinham grandes tratamentos, por serem considerados casos perdidos. No entanto, Guttman desenvolveu um método para os seus pacientes onde as modalidades desportivas de basquetebol, tiro com arco, dardos e bilhar eram usados para trabalhar as condições físicas dos doentes.
Os doentes estavam deprimidos e sentiam-se inúteis, pelo que Guttman deu-lhes um novo rumo pondo-os a jogar. A sua preocupação era não só a componente física mas também a mental, uma vez que a a percentagem de depressões nestes doentes era enorme. Afinal, eles tinham sido deixados numa cama para morrer.
“Games, sport, that is what we must have.”
Dr. Ludwig Guttmann
Hoje, os Jogos Paralímpicos abrangem atletas com deficiências (da área motora, visual, paralisia cerebral e “les autres”) e, até 2000, atletas que sofriam de deficiência intelectual, sendo que após um interregno de 12 anos foi assinalado, em Londres, o regresso destes últimos.
Por Marta Amorim