Victoria Guerra: “Os homens da família colocam uma gravata de Natal, daquelas cómicas. E eu gosto das camisolas de lã”

 Filha de mãe inglesa e de pai português, Victoria Guerra é uma atriz de sucesso.

De Morangos com Açúcar, saltou para o grande ecrã com Linhas de Wellington, Amor Impossível, de António-Pedro Vasconcelos, ou Wilde Wedding, a comédia romântica que se passa em Nova Iorque, com Glenn Close e John Malkovich.

Aos 27 anos, conta já com o prémio de Revelação do Ano na XVIII Gala dos Globos de Ouro e de Melhor Atriz na última edição. Atualmente interpreta Diana em Amor Maior, novela da SIC. E… adora o Natal. Este ano, será mais uma vez em Inglaterra.

 O Natal é uma época especial?
Muito. É quando nos conseguimos reunir todos.

O que se veste no dia de Natal?
De há uns anos para cá, os homens da família colocam uma gravata de Natal, daquelas cómicas, com barulhinhos. Para mim, gosto das camisolas de lã com um vestidinho por baixo.

Qual a melhor memória de Natal?
Toda a magia que o meu pai e a minha mãe criaram: deixar à noite o leite e as bolachinhas para o Pai Natal, as cenouras para as renas. E acordar na manhã seguinte… é mágico. Depois, a chegada do resto da família, o almoço… Já não somos muitos, nem há crianças na família − tenho pena, porque ajudavam à magia. A minha irmã mais nova já tem 18 anos, mas a minha mãe nunca deixou que morresse esse encantamento.

Quais as melhores tradições de Natal?
Crackers: um jogo em que nós puxamos e saem um brinquedo e um enigma… São memórias que guardo. Há ainda uma outra: o meu avô, todos os anos, tem a mesma tentativa falhada de fazer o mesmo bolo…

Costuma cozinhar?
Não, detesto cozinhar. A minha mãe e a minha avó é que tratam de tudo. Nós ficamos só a ajudar, ainda que ela não deixe, ela é que sabe. Confesso que a minha irmã é muito melhor do que eu na cozinha. O meu pai é que costumava cozinhar, no dia 24, fazia marisco, era um dia muito mais dele, muito mais português.

Há alguma prenda especial que tenha oferecido?
Um aspirador que dei à minha mãe. Era algo que ela queria muito, um aspirador novo, e a verdade é que passou a manhã de Natal a aspirar a casa.

E um presente que tenha recebido e que a tenha marcado?

Uma secretária. Era muito nova e queria uma secretária para o meu quarto. Lembro-me de ter acordado de manhã e de a prenda estar na sala, e eu ficar superfeliz, sem perceber como teria o Pai Natal entrado com aquilo pela chaminé.

Existe algum presente que gostasse de receber?
Sim, o pijama que a minha mãe me oferece todos os anos. Detesto ouvir as pessoas a queixarem-se de que recebem pijamas no Natal. Eu sei que vou receber o meu e fico tão feliz… Chegou o inverno, o frio, e visto-o logo nessa noite!

Gostaria de experimentar o Natal num sítio diferente?
Não, nem imagino o Natal com calor, diferente daquele que vivemos em Inglaterra. Mas, a ser diferente, gostava de brevemente ter uma casinha minha e receber a minha família toda em Portugal.

No Natal, há cuidados com a alimentação?
Não! Fecham-se os olhos e come-se de tudo.

Tem uma receita favorita desta época?
O stuffing (enchimento) do peru.

Do que mais gosta e do que menos gosta no Natal?
Gosto de reunir a família. Parece foleiro? Mas não é. Saí de casa muito cedo, éramos uma família muito grande… Do que menos gosto… Cresci, os meus irmãos também, agora passo o Natal em Inglaterra, é mais complicado, não posso estar tanto tempo, e tenho saudades dos natais no Algarve, muitas…

 

 

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