saúde

As tendências na saúde para 2017

Novo ano, novos hábitos, novos consumidores. Há novidades a irromper em 2017 nas mais variadas áreas.

E a equipa Júlia − De Bem com a Vida foi pesquisar as tendências que estão prestes a bater-nos à porta. Está preparado para as mudanças?

Wearables, consultas via telemóvel e apps para monitorização de estilos de vida estão entre as novidades para 2017.

A saúde é uma área primordial do investimento científico e tecnológico, e em 2017 a inovação será, mais do que nunca, palavra de ordem. Enquanto não se descobre a cura para o cancro ou a origem do autismo, a ciência e a tecnologia vão dando passos seguros para garantir maior conforto e qualidade de vida. Nos Estados Unidos, por exemplo, por menos de 50 dólares já é possível consultar o médico através do computador ou do telemóvel, e resolver de forma simples e rápida as maleitas mais comuns. Basta instalar uma aplicação como a Doctor on Demand, com alguns cliques indicar o historial clínico e os sintomas, e em seguida é consultado por um médico de forma personalizada… embora à distância, por videoconferência. O diagnóstico é feito e a prescrição médica é enviada para uma farmácia das redondezas. A Anywhere Care  é outra das opções, com um funcionamento semelhante e ainda mais simples: nem sequer é preciso instalar qualquer aplicação.

Esta nova tendência para aproximar médicos e pacientes através da tecnologia também pode passar pela marcação personalizada de consultas. A brasileira Docway permite ao utente indicar de que especialidade médica precisa, quando e onde quer ser atendido, e o médico aparece-lhe à frente no dia e hora marcados. O pagamento é feito por cartão de crédito, através da aplicação. Em Portugal, a Knok também faz a ponte entre médicos e pacientes, mas sobretudo para situações de urgência: se entrar no site ou na aplicação, encontra o médico mais próximo disponível e pode tê-lo em sua casa passado pouco tempo.

Soluções Wearable

A internet está cada vez mais incorporada na vida quotidiana, e em 2017 esta ligação será ainda mais aprofundada, com muita tecnologia wearable. A saúde é uma área que tem muito a beneficiar com este conceito de ‘Internet das Coisas’, assim definido por Kevin Ashton em 1999.

A monitorização da saúde durante a prática desportiva é outra das tendências para 2017. Numa altura em que cada vez mais pessoas se esfalfam em longos treinos de corrida, trail ou bicicleta, vale a pena ter cuidado com os exageros e prevenir problemas cardiovasculares: basta instalar uma aplicação como a Polar Beat, colocar uma faixa com sensor de frequência cardíaca à volta do peito, e a informação recolhida é transmitida para a aplicação no telemóvel. O atleta consegue controlar a frequência cardíaca, evitando assim ultrapassar os valores máximos e pôr em risco a saúde. Fica ainda a saber quantas calorias consumiu, que distância percorreu, qual o percurso e, claro, se quiser, ainda partilha toda esta informação nas redes sociais para inspirar ou fazer inveja aos amigos.

Numa época em que já toda a gente sabe que o sedentarismo é um estilo de vida perigoso, no Reino Unido são oferecidos produtos e descontos em troca de atividade física. Aquilo que o The Telegraph descreveu como uma wellness trend para 2016 ainda não se espalhou de forma generalizada e o potencial mantém-se em 2017. Por exemplo, quem aceder à aplicação Earthmiles encontrará uma app-shaped revolution que disponibiliza ofertas e descontos em produtos alimentares saudáveis e aulas das mais diversas modalidades. Em troca, só tem de registar a sua atividade física numa aplicação própria (Strava, Runkeeper, etc.) e sincronizá-la com a Earthmiles.

Em paz

Em 2017, também a saúde emocional e a paz de espírito parecem ser, cada vez mais, uma prioridade. Nos Estados Unidos, a clínica Parsley  presente em várias cidades, receita a meditação a todos os pacientes, e o motivo é simples, conforme explica a médica Robin Berzin. “A comunidade médica já não pode negar o poder da meditação para induzir efeitos bioquímicos positivos no organismo. Ainda por cima, é livre de efeitos secundários, ao contrário dos medicamentos que muitos médicos prescrevem para atingir os mesmos resultados.”

Também aqui, nesta tendência para incorporar o mindfulness e a meditação no dia a dia, a tecnologia tem um contributo a dar: não faltam aplicações que nos lembram de parar para abrandar o ritmo frenético durante o dia, para prestar atenção ao momento presente, e para nos guiar em meditações cujos benefícios estão mais do que comprovados. O fundador da Headspace, Sean Brecker, partilha com a revista Forbes  que “o mindfulness disparou no mundo da tecnologia e dos negócios” porque cada vez mais “estamos a perceber que podemos ter funcionários muito mais produtivos e menos stressados quando a meditação faz parte das suas vidas”. E, acrescenta, “esperamos que esta tendência continue a crescer”.

Para aprender a meditar existem plataformas (de acesso gratuito) como a headspace.

 

 

 

Comentários

comentários