A Rocketwerkz, uma empresa de jogos instalada na Nova Zelândia, oferece férias pagas sem limite de dias, horário flexível e parte dos lucros da empresa para recrutar novos funcionários.
Dean Hall tornou-se famoso no mundo dos videojogos depois de ter criado um popular jogo de zombies, o DayZ. Criou uma startup, a Rocketwekz, situada na cidade universitária de Dunedin, na Nova Zelândia e agora está a recrutar funcionários. Mas Dean Hall quer atrair os melhores e, por isso, está a oferecer férias pagas ilimitadas, horário flexível e, até, uma repartição de lucros da empresa pelos funcionários.
De acordo com o fundador da empresa de videojogos, este modelo de negócios é uma forma de atrair talento e criatividade, mas também de aumentar a produtividade. Para além das vantagens já enumeradas, a companhia preza pela horizontalidade, pelo que não existem grandes diferenças salariais: a remuneração de Hall só pode ser 10% acima do valor atribuído ao seu funcionário mais bem pago.
No ano passado, a Rocketwerkz já tinha chamado a atenção da comunicação social ao receber gatinhos no escritório como forma de combater o stress. E há mais: às sextas-feiras à tarde, as mesas de trabalho são trocadas pelo desporto para que a equipa possa terminar a semana com mais energia.
A estratégia de motivação de Dean Hall tornou-se viral desde que um jornal local contou a história da empresa e revelou as suas regras não muito usuais no meio empresarial. Em poucos dias, a caixa de mensagens no Facebook recebeu 300 contactos de todos os pontos do mundo, com candidatos interessados.
“Os nossos funcionários têm, de acordo com as regras da Nova Zelândia, as habituais férias de 4 semanas, mas podem tirar tempo ilimitado. O meu tempo de serviço no exército influenciou as minhas ideias, acredito que as pessoas são os nossos melhores ativos”, disse Dean Hall ao The Guardian.
O CEO da Rocketwerkz reconhece que a cultura que implantou parece incentivar o descumprimento de prazos e faltas, mas não está preocupado em chegar ao escritório e não encontrar ninguém a trabalhar, até porque, como garante, o resultado é o contrário.
“Ao darmos tempo ilimitado aos nossos funcionários para que possam resolver todo o tipo de questões das suas vidas pessoais, quando vêm para o trabalho a sua mente está completamente limpa para se focarem. E por terem liberdade para tratar de todas as suas coisas, que francamente podem ser complicadas, associam o emprego a um bom local para se estar, onde podem dar o seu melhor e ter a liberdade para serem totalmente criativos”, explica.
Atualmente a empresa tem 40 funcionários, um número que Hall quer fazer subir para 100 até final do ano. O CEO da empresa tem utilizado o Twitter para divulgar o recrutamento de funcionários e a cultura da sua empresa.