Pais que cuidam - licença parental

Licença para ser pai

Há sete anos, quando nasceu a Mariana, Bruno Antunes comunicou no trabalho que iria partilhar a licença parental. Apesar de legal, a decisão gerou algum desconforto. Mas Bruno manteve a decisão e durante um mês foi pai a tempo inteiro. Valeu a pena. E daqui a poucos dias prepara-se para repetir a experiência, desta vez com a Inês (4 meses).

Há sete anos, a decisão de partilhar a licença parental inicial (na altura, quatro meses para a mãe e um mês para o pai) foi encarada com algumas reticências. Bruno Antunes recorda que foi “olhado de lado” por um dos administradores, o mesmo que há dias recebeu com um sorriso a mensagem de Bruno: “Vou voltar a tirar todos os dias a que tenho direito.”

Bruno conta que a licença partilhada compensa financeiramente e não só. “Criam-se laços entre pai e filha.” Ser pai a tempo inteiro, sem contar com a ajuda da mãe durante o dia, não é fácil. Mas, entre sustos e ‘trabalhos forçados’, há motivos para rir e recordar para a vida inteira. Bruno lembra uma vez em que a Mariana chorou tanto por não querer o biberão que ficou roxa. “Agora a minha preocupação com a Inês é que ela gosta de adormecer junto ao peito da mãe”, acrescenta.

Entre os episódios vividos durante a sua licença partilhada, Bruno destaca também o momento em que ficou todo sujo de cocó ao mudar a fralda da Mariana: “Fiquei completamente sujo a ponto de ter de ir mudar de roupa. Isso aconteceu porque eu quis proteger os cortinados…”, lembra, bem-disposto.

Bruno, 40 anos, nunca hesitou em partilhar a licença parental. Mas a partilha de tarefas continua no dia a dia: “Cozinho, passo a ferro, lavo a loiça, mudo fraldas, dou banho à Inês, apoio a minha filha Mariana nos estudos, nos escuteiros, no ballet… É uma vida cheia mas completa.” É uma vida em que o dia 19 de março é… todos os dias.

Consulte aqui mais informações sobre a Licença Parental Partilhada.

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