“Temos que ser treinadores emocionais dos nossos filhos”

A inspiração dos escritores é matéria que me interessa. E por isso parei por segundos neste vídeo do jornal El País, em que a escritora Elsa Punset desvenda a sua fonte de criatividade: ser mãe.

 

Elsa Punset é autora de livros como Bússola para Navegadores Emocionais (2008), Inocência Radical (2009), Uma Mochila para o Universo (2012) e O Mundo nas Suas Mãos (2014). Esteve em Portugal há pouco tempo. E continua certamente na mesa de cabeceira de muitos portugueses.

 

A jornalista e escritora espanhola (nasceu no Reino Unido) fala de umas das suas fontes de inspiração e de criatividade: os seus filhos. “Queremos que os nossos filhos não sofram o que sofremos, queremos que eles viajem, queremos que eles tenham amigos… Bom, a primeira coisa que você tem que aprender é que as crianças aprendem por imitação. E não importa o que lhe diz. Importa aquilo que faz. Pai ou mãe, quer que o seu filho seja o mais alto, o mais bonito, o mais inteligente. Há que desejar (com o amor absoluto dos avós – os avós já passaram por tudo isto) que eles tenham os olhos das cor que quiserem, a profissão que pretenderem, apoiá-los para que sejam o melhor de si.”

A escritora Elsa Punset fala ainda neste vído de um dos seus inspiradores: John Gottman, um homem ligado às emoções positivas.

Refere ela que “nascemos com algumas emoções, como a ira, o medo, a tristeza, o asco, a alegria. Há um certo desequilíbrio aqui, com muitas emoções negativas. Há que aprender a geri-las: a ira”, por exemplo, explica Elsa, pode ser útil para desencadear justiça social.

O que nos diz então Gottman? “Temos que ser treinadores emocionais dos nossos filhos. Ajudá-los a viver com todas estas emoções. Educar é ajudar os nossos filhos a serem autónomos.”

Elsa conta que Gottman é capaz de estar perante uma sala cheia de casais e de, ao fim de 15 minutos, conseguir acertar naqueles que irão passar por um divórcio. Como? Ele baseia-se na observação das emoções, da gestão que ambos fazem entre emoções negativas e positivas.

Sobre aqueles casais que parecem perfeitos, trocam cinco vezes mais emoções positivas do que negativas.

Elsa resume a fórmula lá para casa: alegria. Mais alegria. O máximo de alegria. E é assim que os nossos filhos crescem física e emocionalmente. Tudo fica mais fácil. Para eles. E para nós.

 

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