Pimpinha Jardim perdeu o pai quando era muito jovem. Apesar das imensas saudades, existem também muitas memórias felizes.
“Não é um assunto que goste muito de partilhar porque não é só meu, no entanto, gosto sempre de relembrar o meu pai,” diz Pimpinha sobre a morte do seu pai quando ela tinha 14 anos. “Acredito que, seja de que maneira for, está sempre presente na minha vida e que olha por mim e pela minha família todos os dias” − e no nome do filho, Raul Leitão, em honra do avô. Uma pessoa muito querida por todos, “um grande homem, um grande desportista, sempre bem-disposto. Um grande pai, muito presente”.
A falta foi muita, especialmente por o falecimento ter ocorrido durante a sua adolescência. O impacto da perda da figura paternal da família Jardim foi sentida fortemente, admite Pimpinha. “Apesar de a minha mãe ter tentado sempre fazer o papel de mãe e pai, a presença de um pai faz sempre muita falta, sobretudo quando éramos mesmo muito chegados.”
No entanto, a memória fica: “Lembro-me dele sentado no banco do jardim a ler o jornal, a ensinar-me a andar de bicicleta. Íamos muitas vezes correr juntos, jogar ténis, viajar… Tenho muitas e boas memórias. Está sempre vivo dentro de mim, através das memórias, dos cheiros e de pequenas coisas do dia a dia.”