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Gostaria de saber a sua opinião sobre a pílula. Serão os contracetivos orais seguros a longo prazo?
As experiências em animais e alguns estudos epidemiológicos mostram que a utilização destas substâncias em seres humanos é nefasta em doses altas e a longo prazo, especialmente quanto ao seu poder de facilitar o desenvolvimento de cancro. Relativamente a esta matéria, todos ficamos baralhados! Se fizermos uma busca no Pubmed (organização que reúne publicações médicas de todo o mundo), por exemplo, não existem praticamente estudos que garantam essa associação. No entanto, há muitas informações contraditórias e igualmente credíveis. Por exemplo, Malcom Pike, membro do Institute of Medicine of the National Academy of Sciences, ganhou uma medalha Guy, concedida pela Royal Statistical Society, pelo seu trabalho de investigação sobre o cancro da mama. A sua equipa desaconselha o uso de contracetivos orais por mais de cinco anos e refere que o risco do seu uso parece desaparecer após dez anos de interrupção do uso.
As mulheres que utilizam contracetivos orais devem, por isso, ter um cuidado redobrado com o controlo de peso, a composição corporal, a alimentação, o stress, os conflitos emocionais e o exercício físico. Devem também manter as taxas normais de colesterol, triglicéridos e glicose no sangue, e não tomar pílulas contracetivas por mais de cinco anos consecutivos.
O uso prolongado de pílulas contracetivas e de terapia de substituição hormonal (TSH), aliado a hábitos não saudáveis, é um fator promotor de cancros hormonodependentes da mama, do útero e dos ovários.
Terapia Ortomolecular
Alexandra Vasconcelos
Farmacêutica, Terapeuta biológica e ortomolecular
Autora de O segredo para se manter jovem e saudável
