Portugal está no 18º lugar da liberdade de imprensa, subindo 5 lugares em relação ao ano de 2016.
Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Holanda ocupam os primeiros cinco lugares. A Coreia do Norte é o pior classificado, seguido por Eritreia, Turquemenistão, Síria e China.
O índice da liberdade de imprensa é elaborado pela instituição, baseado em indicadores que avaliam o pluralismo, a independência dos ‘media’, o quadro legislativo em que operam e a segurança dos jornalistas.
Segundo o relatório, a liberdade de imprensa está numa situação “difícil” ou “muito grave”. De 180 países, 78 encontra-se nessa situação. Nesta lista inclui-se a China, a Rússia e a Índia, quase todas as nações do Médio Oriente, da Ásia central e América central, e dois terços dos países de África.
Só em cerca de 50 países é que a imprensa é considerada livre. Isto, na América do Norte, na Europa, Austrália e sul de África. Existe uma preocupação agravante em relação a “países democráticos importantes”.
A RSF alerta para a”obsessão com a vigilância e o desrespeito pela confidencialidade das fontes”, que contribuiu para a queda de vários países considerados virtuosos. Conta-se os Estados Unidos (43.º), o Reino Unido (40º) ou o Chile (33º), que caíram duas posições na classificação.
“A chegada ao poder de Donald Trump nos Estados Unidos e a campanha do Brexit no Reino Unido ofereceram uma caixa-de-ressonância aos críticos dos ‘media’ e às notícias falsas”, lamentou a RSF.
“Em qualquer parte onde o modelo do homem forte e autoritário triunfa, a liberdade de imprensa recua”, sublinhou.
A organização mencionou como caso a apontar a Polónia (54.ª posição), que “estrangula financeiramente” a imprensa independente da oposição. A Turquia foi para o 155º posto no ‘ranking’. em resposta às últimas ações do Presidente Recep Tayyip Erdogan, tornando o país na “maior prisão do mundo para os profissionais dos meios de comunicação social”.
Christophe Deloire, secretário-geral da RSF, denunciou a “vertiginosa mudança nas democracias”.