Quando o médico anuncia quem é o ‘estrangeiro’ naquela sala, sentimos um arrepio…
Este pequeno filme foi realizado na Grécia e é antigo. Data de 2013. Mas de vez em quando, em determinadas situações da vida, vem-me à memória. Partilho convosco.
Julgamos as pessoas pelo que vestem, pela forma até como andam ou riem. Julgamos as pessoas pelas aparências. É inevitável. Julgar é humano… E é também sobre isso que fala este filme realizado pelo grego Nancy Spetsioti.
Fala-nos daquilo que assumimos que as pessoas são antes de as conhecermos e sabermos quem são. Fala de racismo. E por isso coloca uma família a descriminar um jovem visivelmente de outra raça. O médico recebe a família, e apresenta o dador de medula óssea da pequena Annoula: exatamente o jovem que estava sentado na sala de espera.
Este filme grego foca-se no racismo e na forma como ele pode atravessar as gerações, através da educação e dos comportamentos que os filhos observam dos pais. Tudo isto num contexto de 2013, data em que o filme foi produzido, e marcada pelos cenários de violência e anti-imigração.