Júlia, na era da arqueologia

Júlia, na era da arqueologia

Era a minha vocação. Sempre me imaginei no meio de ruínas ou em grandes escavações. Acabei no grande ecrã. Esta mudança de rumo de 180 graus levou-me a conhecer outras histórias de vida semelhantes e que dou a conhecer nesta edição de Júlia – De Bem com a Vida.

Na escola, deliciava-me com as aulas de História, os episódios da corte, as batalhas, e quanto mais castelos e momentos épicos, melhor, mais atenta, mais convicta estava de que o meu percurso passaria algures por ‘escavar’ o passado. Na família, era inspirada pelo meu avô paterno, que gostava de recordar e reviver acontecimentos que outrora haviam sido importantes e marcado o seu tempo. E, à medida que crescia, fui percebendo que os atos de ‘procurar’ e ‘rebuscar’ história debaixo de terra tinham validação científica. Chamavam-se arqueologia.

Aos dez anos, estava decidida: ia ser arqueóloga. Até que, prestes a candidatar-me à universidade, em 1978, a minha mãe tem uma conversa séria comigo: “Júlia, com o curso de arqueologia, serás professora de liceu.” Nada contra a nobre profissão de educador. Mas não era o que queria.

Comprometi-me então a fazer um curso que me oferecesse vantagens a nível de carreira: entrei em Literaturas Modernas, na vertente inglês/alemão. Pelo meio, ficou um sonho e algumas experiências que nunca esquecerei: nos meus tempos de secundário, fui recrutada, entre outros colegas, por um núcleo amador de arqueologia para realizar escavações no concelho de Almada, onde vivia na altura. E durante anos fiz estes trabalhos, desempenhando-os com a paixão de futura arqueóloga, mas também própria de adolescente. Aqui entre nós, ali havia mesmo muita paixão. Tanta que me apaixonei por um arqueólogo sénior do grupo, a quem dei o meu primeiro beijo, num buraco escuro de rochedo. A arqueologia faz parte do meu passado. Foi um belo sonho!

Faça download gratuito da app Júlia – De Bem com a Vida. Através da App Store ou Play Store!

Comentários

comentários