Em contagem decrescente. A 75.ª edição dos Globos de Ouro começa a ser transmitida daqui a pouco, pela meia-noite, na SIC Caras. Este ano, a passadeira vermelha é também… preta.
Pode Hollywood castigar-se a si próprio e, ao mesmo tempo, festejar? É a pergunta que coloca hoje o jornal norte-americano The New York Times, em alusão ao tema do assédio sexual que paira este ano sobre a cerimónia de entrega dos Prémios.
São várias as atrizes que prometem vestir preto, na sequência da campanha #MeToo (#EuTambem). O preto é uma cor de protesto contra a onda de casos de assédio sexual divulgados recentemente, e que começou pela denuncia do abuso protagonizado pelo produtor Harvey Weinstein. Apesar de ausente, espera-se que o outrora poderoso produtor seja referido várias vezes durante a cerimónia.
Hollywood está assombrado pelo tema do assédio sexual. Mas ainda há (sempre) espaço para Trump. O filme The Post está entre os nomeados e nem é necessário abordar o argumento. Basta dizer que no elenco do filme de Spielberg, estão dois críticos do Presidente dos Estados Unidos: Meryl Streep e Tom Hanks.
Entre os destaques daquele que é considerado um dos eventos pops mais esperados do ano, nos EUA: a homenagem à carreira da apresentadora Oprah Winfrey, um dos rostos do projeto “Time’s Up” (criado por elementos da indústria do cinema contra o assédio sexual no trabalho). Que discurso fará Oprah – sobre cinema ou política, é uma das questões que mais curiosidade tem suscitado nos media.
Há muita qualidade em televisão. E a série Big little lies, a minha série favorita, é só um excelente exemplo. Está na frente da corrida aos Globos, na categoria de Melhor Série Limitada ou Filme para TV e ainda concorre em Melhor Atriz com Nicole Kidman e Reese Witherspoon.
Este ano, os Globos de Ouro prometem! A partir da meia-noite. Será que vou conseguir manter-me acordada…?