Bombeiro de Coruche - post desabafo

Debaixo de Fogo.

Vila de Rei.

Este artigo (abaixo) foi publicado há precisamente um ano.

Pela voz de Maria Lopes, espreitámos Vila de Rei. Maria esteve de mangueira na mão a defender os seus bens, sem, contudo, ter conseguido proteger as 100 colmeias do seu negócio de mel. Hoje, o centro geodésico do país volta a ser o centro das atenções.

Não pelas praias fluviais, encostas soalheiras, percursos naturais ou pela gastronomia e artesanato que oferece esta região do Médio Tejo. O fogo voltou. O incêndio de Vila de Rei (Castelo Branco) que, durante a noite de sábado, chegou a Santarém, consumiu três mil hectares de floresta em Mação – “o que sobrou dos catastróficos incêndios de 2017 está em risco de desaparecer. Assim, não vai sobrar nada”, dizia no sábado, à Lusa, António Louro, Vice-Presidente de Mação.

Cerca de 8500 hectares de área ardida entre Vila de Rei e Mação, 20 feridos – oito bombeiros e 12 civis, um deles com gravidade e que continua internado na unidade de queimados do Hospital de São José, em Lisboa, e mais de 1000 operacionais, na maioria bombeiros, a combater as chamas, apoiados por meios aéreos e veículos.

Ao Expresso, o Presidente da Federação dos Bombeiros de Castelo Branco assegurou “pouco ter sido aprendido” com os incêndios de há dois anos.
A alimentação dos bombeiros está entre as críticas no terreno.

O primeiro reforço alimentar dos mais de 1000 bombeiros que combatem os fogos de Vila de Rei foi uma sandes e uma garrafa de água. Valeu a ajuda da população, que colmatou a falha logística com a distribuição de comida aos heróis no terreno.

“Isto é que é triste depois de horas em combate às chamas e depois entregam uma garrafa de agua e uma mini sandes. Onde está a logística que os homens e as mulheres bombeiros merecem?”, partilhou em jeito de desabafo, um bombeiro da corporação de Coruche, nas redes sociais.

O Exército português deu resposta, no domingo.

 

Debaixo de Fogo. Vila-de-Rei-Exército

Nas aldeias, fala-se em mão criminosa. Uma desconfiança sustentada pelos vários incêndios que surgiram a poucos quilómetros de distância e quase em simultâneo (os três incêndios, dois na Sertã e um em Vila de Rei, tiveram início à mesma hora, 14h50, deste sábado).

Isto é (que é) triste. 

 

 

 

 

Como ajudar Vila de Rei…?

 

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