As técnicas para diagnosticar as alergias estão a evoluir. Em que consiste o diagnóstico molecular e quais as vantagens? É possível recorrermos já a este ‘teste’?
O diagnóstico molecular já se encontra disponível em vários centros de diagnóstico do nosso país e permite obter um diagnóstico mais preciso da alergia de cada paciente através da individualização das moléculas implicadas em vez do uso de extratos comerciais (misturas de vários alergénios).
Na alergia alimentar sabe-se que a sensibilização a moléculas específicas pode condicionar o tipo e gravidade das manifestações clínicas (reações sistémicas ou reações locais) bem como o prognóstico e evolução dessa mesma alergia, no sentido em que consoante as proteínas às quais o doente é alérgico, torna mais fácil prever se, esse doente em questão, tem maior ou menor probabilidade de adquirir tolerância ou de ter uma alergia persistente ao longo do tempo.
O diagnóstico molecular também é útil na identificação e seleção do alergénio a usar para realizar imunoterapia específica (vacinas antialérgicas), bem como no estudo da reatividade cruzada (alergia a proteínas com estrutura semelhante).
Susana Marques
Médica especialista em imunoalergologia
susanamarques@iol.pt
Clínica Dra Helena Simões, Lisboa
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