Na segunda feira, dia 21 de Março, as autoridades belgas tinham alertado para a possibilidade de um dos suspeitos do atentato de Paris – Najim Laachraoui, possivelmente o responsável pela construção bomba – estar escondido na cidade de Bruxelas. Segundo os responsáveis belgas, o seu ADN teria sido encontrado nos explosivos. Estas notícias surgiam depois da polícia ter detido um dos suspeitos dos ataque de 13 de Novembro – Salah Abdeslam – na sexta feira anterior, 18 de Março. Estava escondido no bairro de Molenbeek.
Hoje a cidade acordou com notícias aterradoras: um atentado no terminal das partidas do Aeroporto de Bruxelas matou 13 pessoas – confirmadas até ao momento – e feriu dezenas. Pelo menos um bombista suicida foi responsável pelas duas explosões violentas que ocorreram perto do balcão da American Airlines, segundo o que foi apurado até à data.
A comunicação social belga reportou ainda que foram ouvidos disparados e gritos em árabe antes das explosões. Nenhuma dessas informações está confirmada. Vídeos e fotos captadas no Aeroporto de Bruxelas, localizado a cerca de 50 quilómetros da capital, no bairro de Zaventem, mostram um cenário de destruição, com janelas e tetos partidas, pertences espalhados, fumo e sangue. No rescaldo da situação, o ambiente era tenso, mas os passageiros encontravam-se calmos e ordeiros. Os oficiais pediram aos presentes para deixarem a bagagem de mão no chão e dirigirem-se até às saídas do aeroporto. Já no exterior, os passageiros foram reunidos na pista e transportados em autocarros para um centro de crise.
Uma hora depois, uma nova explosão foi sentida na estação central de metro Maelbeek, perto da Embaixada dos Estados Unidos e da sede da União Europeia. O sistema de metro foi encerrado. Várias pessoas foram assistidas à saída da estação de metro, onde foram reportadas 8 vítimas mortais ainda não confirmadas pelas autoridades belgas.
Todos os sistemas de transportes belgas foram paralisados e o Eurostar cancelou todas as viagens no resto da Europa. A fronteira entre a França e a Bélgica está cortada e a Gare du Norde, a principal estação parisiense, também cancelou as suas rotas habituais. As autoridades britânicas reforçaram a segurança nos transportes públicos.
O clima de terror e alerta que se vive na Europa é inegável. Acredita-se que o atentado de Paris tenha sido planeado em Bruxelas, onde vários jihadistas ligados a ISIS viviam, vivem ou têm contactos. Todos eles teriam nascido na Europa e aliciados pelo Estado Islâmico na Síria. Para as autoridades, o puzzle ainda não está completo e ainda estão muitas informações por apurar.
O nosso coração está com as vítimas e as suas famílias, porque somos Paris, somos Bruxelas, somos pela paz no mundo.
