Um estudo recente realizado na Austrália chegou à conclusão que os pais de crianças pequenas, em comparação aos colegas de trabalho sem filhos, perdem entre uma e quatro horas de sono por semana, enquanto as mães perdem entre três e nove.
Isto significa que muitos pais, especialmente as mulheres, dormem menos que as 49 horas recomendadas pela Fundação Nacional do Sono daquele país.
“A situação era particularmente alarmante para as mães e pais de duas ou três crianças pequenas, que implicam um débito semanal de sono entre duas a sete horas”, diz Francisco Perales, coautor do estudo e investigador do Instituto de Investigação para as Ciências Sociais
da Universidade de Queensland.
Os dados também revelaram que a qualidade de sono é menor no caso dos progenitores que tinham mais filhos, e que era consistentemente pior para as mulheres em comparação com os homens. Os mesmos padrões aplicam-se aos pais solteiros, mas o quadro é ainda pior.
Outra descoberta importante é que o sono dos pais, particularmente das mães, apenas começa a recuperar em termos de quantidade e qualidade quando os filhos completam quatro anos.
“Outros alegariam que a culpa é do imperativo biológico da mulher para amamentar … Mas descobrimos que as lacunas persistem quando as crianças têm idades em que não é comum mamarem”, conclui Francisco Perales.