O Dalai Lama quer que as pessoas de todo o mundo estejam mais em contacto com as suas emoções. Para tal, uniu foças com o Dr. Paul Edman, um psicólogo de renome, para construir um ‘Atlas das Emoções’. O líder Budista Tibetano acredita que assim estamos um passo mais perto de atingir a paz mundial.
Em entrevista ao ‘The New York Times’, explicou porque defende que o facto de os indivíduos terem consciência das suas emoções pode ter um impacto na sociedade.
“Temos por natureza ou biologicamente a emoção destrutiva e a construtiva”, disse. “As pessoas deviam prestar mais atenção a essa interiorização desde o infantário à universidade. “Isto não é apenas para conhecimento, mas sim para criar seres humanos felizes”, continuou. “Família feliz, comunidade feliz e, finalmente, humanidade feliz”.
A consciencialização emocional é o tema que une os dois amigos de longa data neste projeto que mapeia os sentimentos do ser humano e tem como base um inquérito levado a cabo por cientistas de renome na área. Edman sintetizou a escala das emoções humanas em cinco ‘continentes’ amplos: raiva, medo, repugnância, tristeza e alegria. O Atlas explica cada uma destas emoções e depois vai um passo mais longe, ligando-as a diferentes estados emocionais, ‘gatilhos’, ações e disposições.
Por exemplo, os utilizadores podem explorar em que medida fatores externos podem resultar em tristeza que, por sua vez, vai causar uma variedade de estados emocionais, do desapontamento à angústia; e também certas ações associadas como a vergonha, o protesto ou procurar conforto.
“O objetivo deste trabalho é ajudar as pessoas a compreenderem como as emoções funcionam – de onde vêm e as ações que motivam”, disse Paul Edman num comunicado de imprensa sobre o site. “Eu e o Dalai Lama concordamos que as emoções podem ser construtivas se apoiarem a colaboração. Somos uma espécie social”, concluiu.
