Sempre tive uma relação muito próxima com a música. É algo que me acompanha no meu dia a dia e já teve um lugar muito importante também na minha vida profissional, uma vez que apresentei com o João Manzarra três edições do Ídolos e uma do Factor X, na SIC. Neste texto, poderia abordar os meus gostos musicais ou mesmo alguma história passada num concerto ou festival, mas vou falar no sonho e no amor que os músicos têm à sua arte.
Foi muito interessante acompanhar os concorrentes que perseguem o sonho de ter uma carreira na área da música, e nunca escondi que esse era um dos fatores principais e que mais me motivavam na apresentação deste tipo de formato. Nunca ninguém vai entender (eu incluída) a pressão a que estão sujeitos os concorrentes. Para eles, esta oportunidade é one shot e todas as esperanças estão depositadas numa boa prestação no programa. Acredito que o papel da equipa de produção de talent shows é essencial para os colocar à vontade e os ensinar a relativizarem a importância dada a estes, e sei que, neste caso, a Fremantle é exímia nesse papel.
Dar a oportunidade a estes concorrentes de participarem num espetáculo com uma cenografia incrível, um palco de sonho, uma iluminação genial, bailarinos de nível internacional, na presença de um júri consagrado e em direto para milhões de pessoas será decerto um momento que dificilmente esquecerão, e por isso mesmo é necessário dar-lhes valor, muito valor. Apenas pelo simples facto de terem a coragem de enfrentar o país em direto já os admiro muito.
Por Cláudia Vieira, atriz, modelo e apresentadora de TV