Passaram 28 anos desde o incêndio no Chiado. E eu estava lá.

Foi pelas cinco da manhã de 25 de agosto de 1988 que soou o alarme no Chiado. Fumo negro saía de uma montra do Grandela do lado da Rua do Carmo. Hoje, fazem 28 anos deste triste acontecimento. À data, a rua era reservada aos peões e enfeitada em anchura com canteiros altos de betão, impedindo o acesso aos carros de bombeiros. O pior aconteceu. Rapidamente fogo se propagou. Edifícios, lojas, escritórios, casas… Tanto que se perdeu da baixa lisboeta. Perdeu-se a Perfumaria da Moda (cenários da fita O Pai Tirano), os Grandes Armazéns do Chiado, o arquivo histórico de gravações de som da Valentim de Carvalho… Dois meses após o incêndio, anda se retiravam escombros. Durante a limpeza de destroços, descobriram uma vítima mortal, um electricista de 70 anos.

“Isto é uma catástrofe!”, afirmava o então presidente Soares à comunicação social. Foi há 28 anos que o Chiado ardeu e ainda não se sabe porquê

A maior tragédia de que há memória desde o terramoto de 1755. E eu estava lá. Grávida do meu primeiro filho, em reportagem para a rádio Renascença.

 

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