“As pessoas vão ter que preparar a sua própria velhice”

Às vezes é preciso pedir ajuda para pôr os pontos nos is na sociedade moderna e recordar que, na lufa-lufa diária e tecnológica, a família ainda é o mais importante.

Por isso, sobretudo por isso, desafiei a Isabel para a pasta da Família e Parentalidade.

Mais sobre Isabel Stilwell:

Fundou e dirigiu a Pais & Filhos, revista com a qual continua a colaborar. Escreve ainda para a revista Máxima, tendo uma das suas peças sobre a adoção em Portugal (Não amam nem deixam amar, em conjunto com a jornalista Carla Marina Mendes) sido distinguida com o 1.º Prémio de jornalismo Os Direitos da Criança em Notícia. Isabel é ainda autora de vários livros de ficção, contos e histórias para crianças, um talento que concilia com a sua grande paixão por romances históricos, com destaque para o best-seller Filipa de Lencastre, seguido de Catarina de Bragança e D. Amélia.

Jornalista e escritora, tem 56 anos. E uma família numerosa (três filhos), menor que aquela onde nasceu. Sétima entre oito irmãos, Isabel diz, bem-disposta, que hoje fala muito e depressa porque na infância tinha janelas de oportunidade muito pequenas para falar.

A sua voz é também inconfundível na Antena 1, onde diariamente, em quatro minutos, vira Os Dias do Avesso em conversa com o psicólogo Eduardo Sá sobre “tudo o que não é notícia”: falam sobre sentimentos, relações, famílias e parentalidade.

Esta é uma área em que Isabel marca uma presença… necessária, com posições que nem sempre agradam a gregos e a troianos, mas que ajudam a ler a história sob todos os seus variados ângulos. Recentemente, em maio, no Jornal de Negócios, publicou com uma crónica com o título Afinal não são os comunistas que comem crianças ao pequeno-almoço, em que abordava a polémica do alegado rapto de crianças portuguesas no Reino Unido: “Só o preconceito e o nacionalismo bacoco podem levar a concluir que os ingleses decidiram esbanjar o dinheiro dos contribuintes a cuidar de 69 mil crianças, mais uma a cada 15 minutos, numa obscura operação contra os pais… portugueses.” Em jeito de esclarecimento, escreve ainda Isabel que “a nova onda de indignação contra os filhos ‘confiscados’ aos pais portugueses pela Segurança Social britânica assume raias de absurdo, revelando muito pouco interesse pelas crianças em si e, claro, os habituais preconceitos que só um psicanalista encartado, em parceria com um historiador, poderia ajudar a entender”.

 

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