América primeiro. “Quem quer ser o segundo?”

Depois de Donald Trump ter declarado na sua tomada de posse que queria colocar os Estados Unidos em primeiro lugar, foram muitos os países que manifestaram interesse em ficar em segundo, incluindo Portugal.

“De hoje em diante vai ser só América primeiro, América primeiro” disse Donald Trump, no seu discurso inaugural a 20 de janeiro. O que o Presidente dos Estados Unidos da América (E.U.A.) provavelmente não esperava era a resposta que não tardou em chegar.

O slogan “America First” inspirou comediantes de vários países a criar um concurso para determinar que país ficará em segundo lugar. A iniciativa, que faz parte do movimento Comedy Against Trumpism, já deu origem cerca de 20 candidaturas e nem todas na Europa.

Para concorrer à conquista desta posição – o segundo lugar – , cada nação teve de fazer uma apresentação em vídeo das características que acham que Trump mais apreciará e cheias de superlativos. Os vídeos são apresentados na página Every Second Counts (Todos os segundos contam, em português), especialmente criada para a iniciativa, que pergunta “Quem quer vir em segundo lugar?”

A Holanda foi o primeiro país a responder ao Presidente dos E.U.A, num vídeo realizado por um programa de sátira política, no qual enumera tudo aquilo que tem de “extraordinário”, “fantástico” e “excecional”. Seguiu-se depois a vez de Portugal querer ser o segundo com um vídeo da autoria do programa “5 Para a Meia Noite”.

O discurso começa com uma alusão ao ano em que o Portugal foi fundado, informando Trump que o país foi criado em 1143, logo é dos mais velhos do mundo. “Devíamos namorar com a sua mulher”, ouve-se dizer de seguida. A partir daí surgem críticas àqueles que deram a vitória a Trump, fazem-se brincadeiras com Bo, o cão de água português dos Obama, e até se diz que o engenheiro José Sócrates poderia vir a ajudar nas obras do famoso muro do México.

Para além da Holanda e de Portugal, o site conta com quase duas dezenas de candidaturas, entre as quais Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Espanha, Austrália, Marrocos e o Irão.

Comentários

comentários