70 cientistas portugueses emitiram no dia 23 de Abril uma carta aberta a exigir o fim de furos de prospecção e exploração de combustíveis fósseis nas costas e mar portugueses.
Esta carta traz à superfície os problemas causados por estes combustíveis ao aquecimento global.
A carta mostra a preocupação sobre o aquecimento global e salienta que há hoje um acordo da maioria da comunidade científica quanto “à urgência de pôr fim às emissões de gases de efeito de estufa”.
“Cientistas têm sublinhado a insuficiência das medidas tomadas até agora pelos poderes públicos nacionais e internacionais. A isto junta-se o desrespeito das metas acordadas por muitas empresas da energia e das maiores consumidoras,” comenta.
Preocupação constante
A carta também denota que esta é uma resposta a factores de preocupação da comunidade. Decisões políticas mundiais, ameaças de paz, e a insuficiência do investimento científico em muitos países. As comunidades científicas estão de momento a preparar manifestações públicas em vários países. Portugal irá estar incluído nesta iniciativa contra a exploração de combustíveis fósseis e emissões de gases de efeito de estufa.
“A exploração de combustíveis fósseis em Portugal é, justamente, um dos grandes problemas que temos de enfrentar do ponto de vista da cidadania e das ciências que fazemos,” afirma.
Denominando esta economia como uma “predadora”, a carta comenta que esta indústria inviabiliza compromissos políticos assumidos nas cimeiras. Defrauda também as expectativas das populações, e destrói territórios e cadeias de vida insubstituíveis.
“Sabemos que, com essa exploração, as populações não ganham nem trabalho, nem saúde, nem lugar para viver. E sabemos que há alternativas.”
