Amigas nas alegrias e nas tristezas, nos bons e nos maus momentos. Amigas da vida. Amigas para a vida.
A Ana Morgado, amiga cúmplice e bem-disposta, conta como nos conhecemos.
“A Júlia faz parte da minha vida há 34 anos. Na altura, ela tinha apenas 20 anos e conhecemo-nos quando o Rui a apresentou a mim e ao meu marido, logo no início da relação deles. A empatia foi imediata e a amizade ficou até hoje.
Ao longo destes anos, são incontáveis as histórias que tenho com a Júlia, mas, como devem calcular, não são para divulgar [risos]. No entanto, há um episódio que a Júlia conta muitas vezes: no dia em que o Rui lhe disse que ia apresentar-lhe um grupo de amigos, dois ou três casais mais velhos do que ela e com profissões ditas ‘normais’, isto é, que não eram da televisão nem da rádio, a Júlia foi muito constrangida jantar a minha casa. Mas ela conta que, no final da noite, quando saiu, disse ao Rui: “Estou tão feliz. Finalmente conheci alguém que fala mais do que eu”, referindo-se a mim.
E a verdade é que quando estamos juntas a conversa nunca acaba. Os nossos maridos que o digam. Muitas das vezes em que saímos para jantar juntos, há uma cena que se repete: os nossos maridos começam a falar numa história no princípio do jantar e, geralmente, quando nos estamos a despedir, já noite dentro, eles dizem um para o outro: “Lembras-te daquilo que te estava a contar há três horas?” Isto acontece porque eu e a Júlia os interrompemos constantemente, impedindo-os de terem uma conversa do princípio ao fim.
Admiro muito na Júlia a sua autenticidade. Eu costumo dizer às pessoas que ela tem o sucesso que tem porque é muito autêntica. Ela é aquilo que nós vemos na televisão. Quando assisto ao programa da Júlia, sei sempre o que é que ela vai dizer a seguir. E isso revela que, em primeiro lugar, conheço-a muito bem e, depois, significa que a Júlia é ela mesma na televisão. Não está a fingir.
Ser amiga da Júlia é saber que se está perante uma pessoa muito sincera. Alguém que nunca, em momento algum, se sentiu deslumbrado pelo estrelato. Que manteve sempre os pés bem assentes na Terra. Uma amiga que me pediu para ser madrinha das filhas dela. Uma amiga que sabe que estamos sempre disponíveis uma para a outra, para o que for preciso. Na verdade, a figura pública nunca teve nenhum papel entre nós.
A Júlia é uma pessoa muito divertida e é casada com um homem cheio de sentido de humor. Não podia ser de outra forma. É muito difícil alguém estar ao pé da Júlia triste ou maldisposto. Ela tem uma visão muito positiva da vida.”