Amigas nas alegrias e nas tristezas, nos bons e nos maus momentos. Amigas da vida. Amigas para a vida.
A Carmo Moser fala de vedetismo e da nossa amizade.
Diz a Carmo:
“Regra geral, há uma característica que tende a vir ao de cima nas personalidades com profissões ligadas à televisão, especialmente quando o cargo é desempenhado frente ao grande ecrã: o vedetismo. Quando entrei para a SIC, no início do canal e na mesma altura que a Júlia também começou a trabalhar na estação de Carnaxide, relacionámo-nos por questões profissionais – eu era Diretora de Produção dos programas em língua portuguesa – e nunca identifiquei na Júlia tal perfil de vedeta.
Embora nos tenhamos cruzado por questões profissionais, aconteceu o que acaba por ser frequente em meios de trabalho, sobretudo naqueles onde existe muita tensão: as relações profissionais acabam por transformar-se também em pessoais. Claro que é preciso haver identificação. E embora pertencêssemos a gerações distintas, eu identifiquei-me com a Júlia. A Júlia é uma pessoa de uma normalidade genuína, e depois tem imensa graça. E é um mulher muito esperta.
Gosto da espontaneidade dela. E do facto de não ter tiques de vedetismo. Com o tempo, fui conhecendo também o marido, e depois os filhos. Gosto do casal. Gosto do pacote inteiro (risos).
Atualmente já não nos vemos todos os dias. A Júlia é uma mulher muito ocupada. Mas sabemos sempre uma das outra. Com alguma frequência, acabamos por almoçar com amigos em comum.
Histórias? Eu não gosto de contar histórias e na verdade julgo que têm interesse apenas entre as pessoas que as vivem. A nossa história é o nosso relacionamento de anos (não me perguntem as datas).”