Sobrevivente do Holocausto encontra único familiar vivo

Aos 102 anos, Eliahu Pietruszka descobriu que o irmão mais novo sobreviveu ao Holocausto e que o filho do irmão, Alexandre, de 66 anos, iria viajar até Israel para o conhecer. Ora aqui está um encontro… arrepiante….

Eliahu Pietruszka fugiu da Polónia no início da Segunda Guerra Mundial e sempre pensou que toda a sua família tinha morrido nos campos de concentração nazis. No entanto, há duas semanas descobriu que o seu irmão mais novo também tinha sobrevivido e que o seu sobrinho, Alexandre, de 66 anos, iria ter consigo para o conhecer.

“Estou muito feliz por te ver e poder falar contigo, é algo muito importante para mim”, disse Eliahu Pietruszka ao sobrinho quando o viu pela primeira vez.

Quando se encontraram, os dois homens apertaram as mãos firmemente e conversaram em russo enquanto observavam as suas parecenças. “É uma cópia do seu pai”, disse Pietruszka, revelando que não dormiu durante duas noites enquanto aguardava a chegada do sobrinho.

O encontro, registado em vídeo pelo jornal Guardian, foi um momento muito emotivo para ambos. “É um milagre. Nunca pensei que isto fosse acontecer”, afirmou Alexandre, trabalhador da construção civil aposentado, como o seu pai.

Eliahu Pietruszka tinha 24 anos quando fugiu de Varsóvia em 1939, altura em que a Segunda Guerra Mundial irrompeu. Foi para a União Soviética, deixando para trás os pais e os irmãos gémeos, Volf e Zelig, nove anos mais novos. Os pais e Zelig foram deportados de Varsóvia e mortos num campo de concentração nazi, mas Volf conseguiu escapar. Pietruszka ainda conseguiu entrar em contacto com o irmão por breves momentos antes de Volf ser enviado pelos russos para um campo de trabalho siberiano, onde Pietruszka assumiu que ele morrera.

O encontro entre tio e sobrinho foi possível graças a um trabalho de levantamento no Yad Vashem, o memorial oficial das vítimas judaicas do holocausto, situado em Israel, onde mora Alexandre.

Dado o número cada vez menor de sobreviventes do Holocausto e as suas idades avançadas, Debbie Berman, representante do Yad Vashem, sublinha a importância do reencontro. “Esta será uma das últimas oportunidades que teremos para ver algo assim, estamos a presenciar história”, revelou.

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