Se eu tivesse conhecimentos científicos suficientes, diria que a notícia que recebemos hoje sobre o estado de saúde de Bárbara Guimarães é a consequência lateral de uma luta insana contra as adversidades da sua vida pessoal. Dez anos, quinze de abusos na vida conjugal, um permanente desgaste entre tribunais e processos e uma exposição pública que ultrapassou o obsceno, cobraram o seu preço no corpo e na alma. Bárbara é uma mulher de uma força férrea. Nasceu no país dos grandes espaços, tem a bravura das mulheres da sua família e mesmo na maior tristeza , publicamente nunca exibiu lágrimas ou desalento.
Tem dois filhos, Dinis e Carlota, um adolescente e uma filha ainda menina. A luta dela é igual à de milhares de outras mulheres que ao saber que o seu corpo as traiu, optam ou pela luta ou pelo desalento. Eu sei qual vai ser o caminho que ela vai escolher. Vai lutar por ela, pelos filhos e para mostrar ao destino que também isto não a derrubará. E vai vencer. Mas deixa-nos mais uma vez uma lição de vida: lutar não é apenas a batalha dos tribunais, o assassinato de uma reputação como mulher e mãe.
Bárbara enfrenta a mais dura das sentenças e, pelo menos, durante algum tempo vai continuar a viver com medo. E depois, com a ajuda da medicina e com as preces de todos nós, o futuro será de tranquilidade e de amor. Como dissemos na SIC, o slogan de uma família com 26 anos de proximidade: Estamos juntos!
