O amor não é aquela frase feita, encaixada numa caixa de chocolate

Crónica sobre o (consumismo do) amor,
por Magda Fernandes, Mãe, Advogada, Mulher de bem com a Vida

Ode ao amor, mas do verdadeiro, e hoje, por excepção, em poema:
O amor, esse idiota,

Borboletas no estômago?

O tanas.

O amor tira o centro de gravidade,
Atordoa, derrota, enobrece
É um tudo e está em tudo.
Não tem contagem nem término.
Não é um dia, 14 ou 15 ou 16,
Não é um mês, nem um ano, nem dois ou três
É o que o for.
E não é enquanto durar
Pois se o fosse nunca durou
Pode ser uma vida ou tirar vidas
Antes de ti, morro eu,
É assim o amor,
Não dá só para receber
Sufoca sem querer
E sem ninguém saber como
Já nos apanhou
Marcou pele e peito e cara
Assim vindo do nada
E aqui ficou.
(Autor anónimo, que é o mesmo que dizer que fui eu num dos meus momentos fofinhos).

Atordoa, derrota, enobrece

É um tudo e está em tudo.

Não tem contagem nem término.

Não é um dia, 14 ou 15 ou 16

Não é um mês, nem um ano, nem dois ou três,

É o que for.

E não é enquanto durar

Pois se o fosse nunca durou

Pode ser uma vida ou tirar vidas.

Antes de ti, morro eu,

É assim o amor,

Não dá só para receber,

Sufoca sem querer

E sem ninguém saber como

já nos apanhou

marcou pele e peito e cara

Assim vindo do nada

E aqui ficou.

(Isto tudo, meus amigos, a propósito do consumismo do amor. Em semana em que o amor se comemora, se vêm casais de mãos dadas, jantares à luz de velas, flores vendidas ao preço de diamantes, caixas de chocolates em forma de coração, peluches fofinhos e tantas demonstrações de sentimentos que “é suposto dar” porque “é suposto demonstrar” e porque “é suposto publicar nas redes sociais”, e porque “é suposto que todos percebam que nos amamos”, a verdade é que não é suposto. É suposto amar. Ponto.)

 

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