Crónica da Má Língua, a minha crónica

Começo a minha crónica da Má Língua em negação. Este título não é um património só meu. É verdade. Mas existem circunstâncias que nos ultrapassam e por isso achei que, do meu historial televisivo, este título tinha que habitar a minha “casa digital”. E assim, portanto, está na altura de vos avisar:

Tenho tendência para não ser politicamente correta.

Fico fascinada com grande parte dos desalinhados.

E tenho paixão por aqueles que um coletivo bem pensante cataloga como malditos.

Sendo esta edição sobre o Protesto, vou começar já por protestar contra o ostracismo a que certas figuras são votadas. E não me interessa, nem fico preocupada se acharem que não esperariam que os defendesse.

De quem falo concretamente?

Da boçalidade de um homem chamado Pedro Arroja, que disse dislates inanerráveis sobre as deputadas do Bloco de Esquerda, matéria que fez estremecer alguns baluartes do feminismo e da carneirada alinhada das opiniões seguras. O seu sexismo é tão primário que nem na caricatura, nem na explanação sobre a forma como as senhoras se expressavam, conseguiu ter qualquer eficácia. Ou seja, fez muito barulho… mas não disse nada. Discordo em absoluto com tudo o que ele diz. Irritam-me os seus raciocínios, as considerações de gosto rasteiro.

E, contudo, defendo o direito de ele as proferir. E de não ser sovado por ter a coragem de as proferir. Não policiamos a opinião. E não se extermina quem não concorda connosco. Na boa tradição democrática, enfrentamo-nos nos fóruns adequados. Os que permitem dirimir a discórdia como gente civilizada.

Sr.Arroja, está convidado para termos um frente a frente sobre sobre as mulheres, homens e política. Como iguais e pares. E já agora, se as esganiçadas o incomodam, estou aqui. Sou a mega campeã da voz de apito .

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