Os cerca de 1.000 os alunos expulsos do Hotel Pueblo Camino Real em Torremolinos vieram lançar mais temas graves à conversa. Mas o mais grave de tudo: estamos a falar de (muitos) menores…
Foram relatados colchões atirados pelas janelas, uma televisão estragada, e muitos outros desacatos causados pelos jovens em viagem de finalistas.
Do lado dos pais e dos estudantes, acusa-se a direcção do hotel por um serviço “péssimo” como a falta de limpeza dos quartos e casas de banho, seguranças a entrar nos quartos sem autorização, quartos sem água quente e racismo por parte do diretor do hotel, chegando mesmo a rasgar o livro de reclamações em frente aos estudantes.
Os mesmos já voltaram a Portugal, mas as investigações continuam. E as polémicas também. Afinal parece que há agências de viagens que prometem festas e celebridades nas campanhas eleitorais dos alunos das escolas secundárias em troca de ficarem com a organização das viagens de finalistas, caso a associação ganhe as eleições. O Ministério da Educação desconhece esta “colaboração” que é assumida de forma verbal e que inclui oferta de brindes, instalação de insufláveis e… uma viagem de oferta por cada 25 viagens garantidas.
De pais para pais, o presidente da CONFAP, Jorge Ascensão, disse à Lusa que “as famílias devem conhecer os contratos quando assinam um termo de responsabilidade. Temos de saber o que estamos a assinar”. E pede para se evitarem as generalizações: “Tanto quanto sabemos, terá sido uma dezena de jovens a ter comportamentos reprováveis”.
Do lado dos hotéis: “nunca tínhamos visto nada assim”. Do lado dos estudantes: “Quartos com baratas e um diretor de um hotel que era um monstro”…
Muita informação para digerir. Ou altura para pensar todo o processo educativo, diz Jorge Ascensão. Mais uma altura, acrescento eu.
