Na primeira entrevista de emprego, o homem que analisa o seu currículo diz não ter dúvidas: ela é a pessoa perfeita para o lugar. Mas quando lhe pergunta por que razão esteve algum tempo ausente do mercado de trabalho e ela responde que teve que se dedicar ao papel de mãe, a opinião do entrevistador muda… Afinal ela não tem aquela ‘vantagem extra’ que se pretende…
A história repete-se. Todos os entrevistadores perguntam por “aqueles” anos em que ela esteve sem emprego. Lora vê-se num buraco sem saída. Até que decide preencher o vazio do seu currículo com todas as atividades que durante anos desempenhou ao mais alto nível enquanto mãe: “organização”, “capacidade de trabalho e de motivação”, competência para gerir, polivalência com inteligência emocional. “Lora você tem a vantagem competitiva extra que procuramos”, diz o recrutador.
“Já agora”, finaliza, “em que empresa desempenhou todas estas tarefas?”….
É um filme publicitário (fantástico) que assinala o Dia da Mãe. Mas aqui entre nós, não é só um filme, pois não?