523 incêndios num só dia. Mais de 6 mil operacionais no terreno. Incêndios descontrolados, aldeias evacuadas, estradas cortadas e notícia de 27 mortos, um número que, de acordo com a Proteção Civil, ainda não está fechado.
Mais de 500 fogos deflagraram este domingo, fazendo do dia 15 de outubro o “pior dia de incêndios do ano”, afirmou ontem Patrícia Gaspar, porta-voz da Proteção Civil, aos jornalistas. Depois de casas ardidas, aldeias evacuadas e estradas cortadas, a manhã de segunda-feira trouxe a notícia de que há pelo menos 27 mortos confirmados. Um número que, de acordo com a Proteção Civil, pode ser revisto em alta nas próximas horas, pois o balanço ainda não está fechado.
Até ao momento contam-se 10 vítimas mortais em Coimbra, 16 em Viseu e uma em Castelo Branco. Há também, pelo menos, 51 feridos a registar, 15 deles em estado grave, incluindo um bombeiro que se encontra em “estado reservado”, depois de ter ficado encarcerado quando a viatura em que seguia capotou.
Na sequência dos incêndios que estão a fustigar Portugal, o Governo assinou, ontem à noite, um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.
Foi, entretanto, também acionada a linha telefónica 800 246 246 para responder aos pedidos de informação das populações sobre situações resultantes dos incêndios mas não diretamente relacionadas com o combate às chamas, como evacuações ou vias cortadas.
Pelas 10 horas da manhã desta segunda-feira, ainda havia 66 fogos ativos, com cerca de 6 mil operacionais no terreno a combater as chamas, apoiados por 1800 veículos. O alerta vermelho vai manter-se até às 20h00 de segunda-feira, apesar das previsões de chuva.