Como é que os alimentos podem reduzir ou aumentar o risco de doença?

Como é que os alimentos podem reduzir ou aumentar o risco de doença?

“Que o teu alimento seja o teu medicamento”, já dizia Hipócrates. Conheça a opinião de Alexandra Bento, nutricionista e autora do livro Comer bem é o melhor remédio, da Porto Editora.

A alimentação e os alimentos que ingerimos representam na nossa vida muito mais do que o simples ato de nutrir o organismo. As escolhas alimentares que fazemos resultam de diversos fatores que nos influenciam, mesmo de forma inconsciente. Os valores e as emoções que associamos a determinado alimento regulam a sua inserção ou exclusão da nossa alimentação, ou seja, existem alimentos que associamos a uma alimentação saudável e a uma maior qualidade de vida e, nesse sentido, tendemos a aumentar o seu consumo, acabando por evitar, ou mesmo por rejeitar, aqueles que interiorizamos como sendo prejudiciais à nossa saúde.

As doenças que se associam à alimentação resultam de fatores ambientais, de agentes infecciosos ou de defeitos inerentes ao organismo, podendo ser agudas ou crónicas, de acordo com a duração do seu desenvolvimento. Isto significa que as primeiras se desenvolvem de forma rápida ‒ como é o caso de intoxicações alimentares ‒, enquanto as segundas evoluem ao longo de um período de tempo mais longo ‒ sendo a obesidade um exemplo disso.

Existem diversos estudos que revelam a associação entre a ingestão de determinado alimento e o desenvolvimento ou a prevenção de determinada doença. Dependendo das características, do contexto de consumo e da quantidade, os alimentos que ingerimos podem aumentar ou reduzir o risco de desenvolvermos determinadas patologias. Um exemplo disso são os chamados alimentos funcionais, que, além do seu valor nutricional, têm um impacto benéfico na nossa saúde, desde que integrados numa alimentação equilibrada. No entanto, se o seu consumo for excessivo ou inoportuno, acabam por ser prejudiciais para o organismo e, consequentemente, para a saúde.

Sabendo que os hábitos alimentares inadequados são o principal fator de risco com impacto no total de anos de vida saudável perdidos pela população portuguesa, é urgente melhorá-los, aprendendo a fazer as escolhas dos produtos acertados e a cozinhá-los de forma adequada, se possível reabilitando os nossos valores tradicionais.

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