Pornografia - PC

Quem vê sites pornográficos, está a ser vigiado

Depois de analisarem mais de 20 mil sites pornográficos em todo o mundo, os investigadores revelam que estes apresentam falhas de privacidade e enviam informação dos navegadores para grandes empresas. Google, Facebook, Oracle, entre outras.

As grandes empresas de Sillicon Valley estão atentas aos navegadores de pornografia. Um grupo de investigadores liderado por Elena Maris, da Microsoft, conta que a pornografia é um dos grandes usos da internet: estima-se que totalize cerca de 30% da internet, sendo que os maiores sites de pornografia recebem mais de mil milhões de visitas por ano.

Este grupo analisou 22,484 sites pornográficos e verificou que 93% deles envia dados dos utilizadores para outras empresas. Apenas uma pequena percentagem inclui políticas de privacidade que mostram  o que é feito com a informação obtida acerca dos utilizadores.

Os investigadores revelam que esta política de privacidade não é fácil de obter nos sites de pornografia e que, muitas das vezes, quando o site a proporciona, a linguagem do documento não é simples nem de acessível compreensão.

Segundo o documento partilhado pela equipa de investigadores, a navegação “anónima” ou “privada”  também não é uma defesa contra o rastreamento de dados, ao contrário de alguns plugins de bloqueio de rastreamento.

As pessoas estão a ser observadas enquanto navegam nos sites pornográficos, apontam os investigadores. E esta falta de privacidade pode causar problemas de maior dimensão a quem procura por pornografia online, nomeadamente expondo pessoas de populações mais vulneráveis.

“As consequências de as URLs que visitou serem reveladas sem o seu consentimento podem ser terríveis”, diz Maris à imprensa. “Imagine as consequências para, por exemplo, um líder religioso conservador que regularmente vê pornografia gay e cujos interesses possam ser revelados à sua comunidade”.

 

 

 

 

 

 

 

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